Aqui vai uma poesia do Rilke do "O Livro das Imagens".
Só pra dar uma visão geral, Rainer Maria Rilke nasceu em 1875 em Praga, e morreu em 1926 na Suíça. Apesar do fato dele ter nascido em Praga (atual República Checa), Rilke é um dos maiores poetas da língua alemã. Naquele tempo Praga (região da Boémia) fazia parte do Império Austro-Húngaro.
Rilke escreveu "O Livro das Imagens" entre os anos de 1899 e 1906. Este livro é formado por 4 capítulos, sendo que cada capítulo, por sua vez, é formado por várias poesias.
Pelo fato do outono estar acabando aqui na Alemanha, resolvi postar aqui uma poesia outonal.
Essa poesia se chama "Herbsttag" ou "Dia de outono" em português, e está na segunda parte do primeiro livro (Rilke chama cada capítulo de livro).
Caso alguém conheça uma tradução melhor, pode escrever na lista de comentários!
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Herbsttag
Herr: es ist Zeit. Der Sommer war sehr groß.
Leg deinen Schatten auf die Sonnenuhren,
und auf den Fluren laß die Winde los.
Befiehl den letzten Früchten voll zu sein;
gib ihnen noch zwei südlichere Tage,
dränge sie zur Vollendung hin und jage
die letzten Süße in den schweren Wein.
Wer jetzt kein Haus hat, baut sich keines mehr.
Wer jetzt allein ist, wird es lange bleiben,
wird wachen, lesen, lange Briefe schreiben
und wird in den Alleen hin und her
unruhig wandern, wenn die Blätter treiben.
Dia de Outono
Senhor: é hora. O verão foi muito grande.
Ponha tua sombra sobre os relógios de sol,
e sobre as passagens, solte os ventos.
Comande às últimas frutas que fiquem cheias;
dê-lhes ainda dois dias do sul,
force-as à conclusão e ponha
as últimas doçuras no vinho pesado.
Quem agora não tem casa, não mais uma construirá
Quem agora está só, por muito tempo o ficará,
acordará, lerá, escreverá longas cartas
e de um lado para o outro das avenidas
desinquieto vagueará, quando as folhas frondearem.
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